Blog

Dia das Crianças

Peito chiando, falta de ar, tosse e aumento do cansaço são apenas alguns dos sintomas que acometem crianças dias após exposição a poluição do ar!

Existem partículas muito finas, inclusive vírus e bactérias, em suspensão na atmosfera que adentram o sistema respiratório quando respiramos. Dependendo do tecido em que se depositam e de sua composição química, essas partículas podem desenvolver uma série de processos inflamatórios desencadeando o surgimento ou agravamento de sintomas de doenças bem conhecidas. Como as crianças respiram mais que os adultos, acabam inalando mais partículas suspensas no ar. Veja a lista das principais doenças que estão relacionadas à poluição:

PNEUMONIA: Inflamação do parênquima pulmonar, causada, na maioria das vezes, por vírus e/ou bactérias. As combinações mais comuns são Streptococus pneumoniae e vírus respiratório sincicial (VRS) ou Streptococus pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae.

SINUSITE: Desencadeada pela obstrução dos óstios de drenagem dos seios da face, favorecendo a retenção de secreção e a infecção bacteriana secundária. Dentre os sintomas: congestão nasal, febre, tosse diurna que se agrava à noite, halitose, edema periorbitário sem dor são sintomas de sinusite. A duração dos sintomas é o principal divisor de águas entre etiologia viral ou bacteriana (superior a 10 dias). O diagnóstico de sinusite é essencialmente clínico. Não se recomenda radiografia de seios da face em menores de seis anos.
AMIGDALITES: Muito frequente na infância, principalmente na faixa etária de 3 a 6 anos. Seu quadro clínico assemelha-se a um resfriado comum. Principais sintomas: febre, mal estar, prostração ou agitação, dificuldade de deglutição, presença de gânglios palpáveis, presença ou não de tosse seca, dor e presença de pus na amigdala (o que causa o mau hálito).
RINITE: Apresenta como manifestações clínicas a obstrução nasal ou coriza, prurido e espirros em salva; a face apresenta “olheiras”; dupla prega infra-orbitária; e sulco transversal no nariz, sugerindo prurido intenso. Pode ser causada por alergia respiratória, neste caso faz-se necessário afastar as substâncias que possam causar alergia.

BRONQUITE: Inflamação nos brônquios, caracterizada por tosse e aumento da secreção mucosa dos brônquios, acompanhada ou não de febre, predominando em idades menores. Quando apresentam grande quantidade de secreção pode-se perceber ruído respiratório (“chiado” ou “ronqueira”). Pode se tornar crônica, levando a anorexia a uma perda da progressão de peso e estatura (RIBEIRO, 1994). Recomenda-se afastar substâncias que possam causar alergias.

ASMA: Doença crônica do trato respiratório, sendo uma infecção muito frequente na infância. A crise é causada pela obstrução, devido a contração da musculatura lisa, da parede brônquica e infiltração de leucócitos polimorfonucleares, eosinófilos e linfócitos – muco (GRUMACH, 1994). Manifesta-se através de crises de broncoespasmo, com dispnéia, acessos de tosse e sibilos presentes à ausculta pulmonar. São episódios auto-limitados podendo ser controlados por medicamentos com retorno normal das funções na maioria das crianças.
Fique atento!!!!

Fatores desencadeantes: alergenos (irritantes alimentares), infecções, agentes irritantes, poluentes atmosféricos e mudanças climáticas, fatores emocionais, exercícios e algumas drogas (ácido acetil salicílico e similares).

É importante que haja para prevenção:
Estabelecimento de vínculo entre paciente/ família e equipe de saúde;
Controle ambiental, procurando afastar elementos alergênicos;
Higiene pessoal e alimentar;
Suspensão de alimentos só deverá ocorrer quando existir uma nítida relação com a sintomatologia apresentada;
Fisioterapia respiratória a fim de melhorar a dinâmica respiratória, corrigir deformidades torácicas e vícios posturais, aumentando a resistência física.

Durante a crise, o paciente precisa de respaldo medicamentoso para interferir na sintomatologia e de uma pessoa segura e tranquila ao seu lado. Para tanto a família precisa ser muito bem esclarecida e em alguns casos faz-se necessário encaminhamento psicológico.

Escreva seu comentário